E olha eu aqui falando de educação mais uma vez! O que posso fazer? Eu gosto!
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Dica – Curso de Desenvolvimento iOS (iPhone e iPad) online, gratuito e em português!
Essa valeu o ano, pelo menos para mim.
Não é segredo que o iPhone e o iPad são verdadeiros sucessos no mercado. Com eles, veio a demanda por aplicativos de todos os tipos. A quantidade disponibilizada a App Store não nega os fatos.
O resultado é um interesse crescente por criação de aplicativos para o iOS, sistema que motoriza estes aparelhos. Os cursos de capacitação estão bombando, tanto na oferta, quanto nos preços. Mas a internet está aí, cheia de surpresas boas, e uma das que encontrei e que gostaria de compartilhar.
Através da iTunes U (iTunes University, que comentarei em outro post), a Instituto Politécnico de Leiria publicou um curso para Desenvolvimento para iOS em vídeo, totalmente gratuito e em português! Tudo bem, é português de Portugal, mas para os brasileiros de plantão, o sotaque não atrapalhou nem um pouco.
Como fazer para Acessar?
Simples. Basta ter o iTunes instalado (entenda iTunes no Windows, Mac OX) ou o iTunes U (iPad, iPod ou iPhone). Depois disso, você precisa ter uma conta no iTunes. Não vou ensinar como fazer isso aqui por achar complemente irrelevante, uma vez que há zilhares de tutoriais que ensinam a fazê-lo hoje.
No iPad, iPod ou iPhone, o acesso é direto. Abrindo o aplicativo, você está na biblioteca de cursos assinados (que você decidiu cursar) e também terá acesso a loja. No iTunes, depois de acessar a opção iTunes Store, você tem uma opção no canto superior da tela a opção chamada iTunes U. Lá você terá uma série de opções de cursos. Para acessar este diretamente, basta clicar no link abaixo:
http://itunes.apple.com/br/itunes-u/desenvolvimento-ios/id474165872
Isso vai abrir no seu navegador. Basta clicar em “Ver no iTunes” para abrir diretamente no programa. Daí, basta assinar, ou assistir diretamente, ou até mesmo baixar os vídeos para o computar e assistir depois.
Vantagens
Óbvias:
- É gratuito
- É de uma universidade conceituada
- A qualidade é ótima, contando inclusive com boas avaliações dos usuários
- Tem modo offline
Desvantagens
Nada é perfeito. Para ficar completo, seria bem vindo os arquivos de código dos módulos.
Algo que é uma desvantagem, mas não é culpa dos autores, é que o curso é baseado no XCode 4.2 com iOS 4, mas 90% do conteúdo foi reprodúzivel no XCode 4.3 com iOS 5, chegando a 100% com as devidas adaptações.
Como é online e gratuito, não há emissão de certificado.
Como estamos falando do XCode, para praticar, você vai precisar de um Mac OS X e muito provavelmente, a melhor opção é um Mac.
Experiência própria
Fiz o curso do começo ao fim em mais ou menos 3 semanas, mais uma para acompanhar os exemplos de código. Os vídeo são bem feitos, didáticos em com exemplos de uso das bibliotecas mais usadas do iOS. Confesso que saí de um estado nebuloso para um “agora sei o que é programar para iOS”.
Você não sairá um especialista, mas um Programador iPhone Júnior com certeza você será (assumindo que você já conhece programação, ok?). Se você já tem conhecimento em algo de Mobile, vai ser algo mais natural.
O fato de também poder ser offline é ótimo, já que você pode carregar os vídeos no seu celular por exemplo para assistir. Fiz isso para metade do curso e foi muito bem, claro, fora o tempo para praticar a aula depois.
Ainda não produzi nada usável, mas nos próximos meses espero poder publicar meu primeiro aplicativo na App Store. Quando isso acontecer, vocês saberão por aqui.
Resumindo, recomendo com louvor para quem está interessado em iniciar no desenvolvimento de apps para iPhone e iPad e não quer gastar de cara com isso.
Um bom proveito a todos!
Pesquisa – A aceitação do Ensino a Distância no Brasil
Caros leitores deste blog.
Atualmente trabalho no desenvolvimento do Trabalho de Conclusão de Curso da Pós Graduação que estou cursando. O título do trabalho é:
Educação a Distância: os impactos na formação dos profissionais
Quem acompanha o blog, sabe que o assunto é discorrido por aqui. Em uma das fases deste trabalho, é preciso fazer um levantamento, baseado em um pesquisa de campo. O que é isso? Simples, é preciso levantar dados com base em um questionário que é montado alinhado ao objetivo do trabalho.
Resumindo, faço uso deste espaço para convidar a todos a me ajudar neste levantamento, respondendo a um questionário que disponibilizei neste site com a ferramenta LimeSurvey (falarei mais dela neste blog em breve).
Antes que se assustem, o questionário é simples e rápido de responder. Leva em média 5 minutos, já que 90% das questões são de múltipla escolha. Há no máximo 2 dissertativas, que também são bem diretas. Como algumas questões dependem do perfil de quem está respondendo, foi preciso separar o questionário. O perfil dos respondentes são:
Discentes
Essencialmente alunos. Se você faz parte de algum curso atualmente ou já fez, este é o seu questionário
Link: http://www.tomasvasquez.com.br/limesurvey/index.php?sid=45254&lang=pt-BR
Docentes
Professores, tutores, orientadores.
Link: http://www.tomasvasquez.com.br/limesurvey/index.php?sid=56435&lang=pt-BR
Empresas
Empresários, pessoas que trabalham em Recursos Humanos, ou tomadores de decisão no momento da contratação.
Link: http://www.tomasvasquez.com.br/limesurvey/index.php?sid=24681&lang=pt-BR
O resultado desta pesquisa será tabulado e publicado até janeiro de 2011, que é quando entregarei o trabalho, que por fim também publicarei por aqui.
Agradeço antecipadamente a todos os que puderem colaborar direta ou indiretamente com este trabalho. Se tiverem dúvidas a respeito, comentem para possa esclarecê-las por aqui, por email ou por onde quer que seja.
Avisos
A ferramenta utilizada para o levantamente está em testes. Portanto, pode acontecer de haver algum problema durante a resposta ao questionário. Se isso acontecer, peço por favor que abondone a sessão atual e reinicie o questionário.
Abraços
Tomás
Artigo – Educação à Distância e seus impactos na formação dos profissionais
O texto abaixo faz parte da Introdução ao Trabalho de Conclusão de Curso que estou construindo atualmente para finalizar a pós graduação. É uma honra poder compartilhar tal conteúdo, até porque boa parte dele já pode ser encontrada em trabalhos acadêmicos do ramo. Na esperança de poder colaborar com os interessados no assunto, publico-o para apreciação.
Tomás
Apesar do conceito do EaD ir além do uso de sistemas computacionais, este texto se atém somente aos que o utilizam, que compõem a parcela significante nos dias atuais.
O uso do Ensino à Distância (EaD) tem crescido de forma considerável no cenário mercadológico nos últimos anos. Em alguns meios, tê-lo como opção é quase uma prática natural, como em cursos de especialização, onde parte deste ou até mesmo sua totalidade já é feita utilizando o modelo o EaD.
Isso evidencia a aceitação destes setores do mercado do modelo de ensino e também o amadurecimento dos sistemas de apoio (ferramentas LMS – Learning Management System), componente importante para a expansão deste modelo no mercado. As vantagens do EaD sobre o modelo tradicional já é um assuntos muito discorrido, conforme destaca NORONHA (2007):
A principal vantagem de um EaD sobre o Presencial está relacionada com a forma de o curso ser ministrado. Em um curso a distância, as regras não são tão rígidas, e o método de ensino não é tão sistemático, existindo uma maior flexibilidade no conteúdo a ser abordado. Em alguns momentos, pode-se parar o tema principal que está sendo abordado e voltar ao tema da aula anterior para fazer um esclarecimento mais detalhado; em uma sala de aula convencional, sendo conduzida pelo professor, talvez isso não aconteça. (NORONHA, 2007, p.14)
O fato é que mesmo com todo este crescimento e penetração, ainda há resistência por parte dos contratantes em aceitar profissionais formados no modelo à distância da mesma forma como é feita com modelo tradicional. Parte da culpa ainda pode ser compartilhada com próprios profissionais, uma vez que estes ainda preferem o ensino presencial.
Porém, conforme estudos realizados em universidades que experimentaram a implantação e testaram sua aceitação, mostram vantagens na formação baseado no ensino a distância. As vantagens, no entanto são significativas e até mesmo determinantes no momento da avaliação de um profissional.
Por exemplo, alguns aspectos que são identificados em profissionais formados em cursos baseados em EaD são que estes demonstraram um padrão de comportamento que o destacam dos que utilizam o ensino presencial, principalmente a autonomia e iniciativa. Entre outros, são o comprometimento com o estudo, uma vez que comprovadamente o professor não é o único responsável pelo seqüenciamento do estudo, tornando-o o discente mais responsável pela sua evolução no curso. O discente se torna mais independente, uma vez que materiais complementares tornam-se parte integrante e indispensável do modelo EaD, fazendo com que o professor não seja o único detentor do conhecimento. Ele passa a ter obrigatoriamente contato com diversos pontos de vista vindo destes materiais e também do apoio de tutores, comumente presentes nos cursos de EaD. Fica evidente que o aluno se torna explicitamente o maior responsável pelo seu sucesso no curso, pois este conta mais o seu esforço e não mais sua presença.
O fato é comprovado já que a sala de aula está disponível o tempo todo, e não somente durante o horário da aula. Sob este cenário, o professor torna-se praticamente um orientador ou motivador dos estudos.
É evidente que para acompanhar um curso neste modelo, é preciso um nível de dedicação superior ao que se investe para o sucesso em um curso presencial, conforme destaca OLIVEIRA (2009):
[…] o estudante de Educação a Distância precisará desenvolver ou aprimorar determinadas habilidades e características e estabelecer rotinas para aprender a aprender, sem a presença e a cobrança constantes de um professor. Entre outras coisas deverá: ser auto motivado, ou seja, buscar em si a motivação necessária para realização do curso; ser capaz de auto-organizar sugestões; ser capaz de trabalhar em grupo de forma colaborativa e cooperativa; ser disciplinado, a fim de cumprir os objetivos que estabeleceu para si mesmo; ser responsável por seu próprio aprendizado; e, estar consciente da necessidade de aprendizagem continuada pelo resto da vida. (OLIVEIRA, 2009, p.72)
O que se espera disso é o nascimento de uma nova geração de profissionais que serão naturalmente auto suficientes em seu melhoramento e capacitação. Também é garantido um bom nível de conhecimento dos recursos de informática por parte do aluno, parte integrantes dos sistemas EaD baseados na internet, foco deste texto. “Verifica-se que os acadêmicos têm o bom conhecimento a respeito dos softwares empresariais, como pode ser visto em relação ao Word, Excel e PowerPoint” (ARIEIRA., 2009, p.326).
O resultados obtidos dos experimentos de cursos utilizando a aplicação plena de EaD são positivos tanto do ponto de vista da instituição como por parte dos discentes, conforme mostra o estudo de OLIVEIRA (2009).
Quanto a qualidade do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas na modalidade a distância, a maioria dos alunos do pólo Garanhuns respondeu que indicaria o curso a outras pessoas. […]. Ainda percebe-se que, grande parte acredita que o curso prepara para exercer a profissão, outros dizem que prepara parcialmente e só a minoria não considera que estarão preparados para exercer uma profissão de professor. (OLIVEIRA, 2009, p.76)
É claro que a qualidade do curso ter total influência sobre a opinião dos alunos, da mesma forma que o curso presencial.
É importante evidenciar que esta não é uma defesa a completa substituição do ensino presencial pelo EaD, como muitos devem admitir. O EaD prioritariamente deve ser utilizado como um complemento ao ensino presencial, até por uma questão de adaptação. ARIEIRA cita:
[…] o papel principal da EaD não é o de substituir a educação tradicional, mas complementá-la na individualização dos conhecimentos de cada cidadão, de acordo com seus perfis, preferências e habilidades cognitivas. Outra função da EaD é permitir que pessoas excluídas do modelo tradicional de educação possam ser incluídas e ter seus direitos de acesso à educação e à informação garantidos. (ARIEIRA, 2009, p.322)
Após um primeiro momento, é esperada uma expansão deste movimento, tornando-o cada vez mais presente nas instituições de ensino, principalmente partindo da demanda dos próprios profissionais que reconhecerão o valor do método de EaD.
Em um segundo momento, espera-se que as empresas passem a dar o valor devido para os profissionais que passam por este tipo de formação ou até que dão preferência para este.
Mas é preciso atentar para o cenário atual do EaD nas instituições de ensino atuais. Algumas delas têm encarado sua aplicação apenas como uma forma de apresentar inovação em sua grade de cursos ou como economia de recursos ou “cadeiras” em sala de aula, uma vez que o custo por aluno em ensino presencial é significativamente superior ao EaD. Como conseqüência, os investimentos realizados tem gerado opções de cursos cujo EaD não passa de uma simples disponibilização de páginas ou materiais online e um portal com pouca interação, violando por completo o conceito deste modelo.
NORONHA (2007) coloca como requisitos para o software que aplique EaD funcionalidades que vão muito além da simples disponibilização de materiais online, priorizando principalmente recursos que promovam interação como Chat, Fórum, Grupos de discussão, vídeos interativos no modelo WebCast.
Torna-se então imprescindível um acompanhamento e feedback ativo por parte dos discentes em relação a instituições de ensino que praticam levianamente o aplicação de EaD, se é que pode-se admitir que o fazem, por parte das instituições de ensino no investimento correto e aplicável do método de EaD, baseado em casos de sucesso e várias outras instituições e também por parte das empresas na aceitação, valorização e incentivo aos profissionais no uso de EaD.
Referências
NORONHA, Maria do Carmo Garcia; ALCÂNTARA, André; REHEME, Michele. Ensino a Distância – Um Panorama de Mudanças; Revista de Informática Aplicada, n. 01, 2007. p.14, vol. 3 Disponível em: <http://seer.uscs.edu.br/index.php/revista_informatica_aplicada/article/viewArticle/274> acesso em 12/06/2010.
OLIVEIRA LIMA, M., BARROS, D., MORAES, R.. A EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NA UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO – UPE. Educação a Distância e Práticas Educativas Comunicacionais e Interculturais, América do Norte, 2, dez. 2009. Disponível em: <http://www.edapeci-ufs.net/revista/ojs-2.2.3/index.php/edapeci/article/view/4>. Acesso em: 27 Jun. 2010.
ARIEIRA, Jailson de Oliveira et al . Avaliação do aprendizado via educação a distância: a visão dos discentes. Ensaio: aval.pol.públ.Educ., Rio de Janeiro, v. 17, n. 63, Junho 2009 . Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-40362009000200007&lng=en&nrm=iso>. Acessado em 27 Junho 2010.