Depois de uma vida trabalhando em sistemas desktop, e com o avanço dos sistemas para Smartphone, é quase impossível viver sem alguns dos utilitários mais comuns, que vai desde a calculadora, até o famoso Gerenciador de Tarefas.
Procurei algumas alternativas para o Nokia N8 (Symbian). Acrei algumas pagas e boas, mas a mais interessante que encontrei, e gratuita, foi o App Stop. Ele não é um Gerenciador de Tarefas, não mostra o consumo de memória, nem detalhes muito precisos, mas faz algum bem útil.
Ele permite ver os arquivos e processos que estão abertos e fechá-los especificamente, ou todos de uma vez! Apesar de parecer pouco, é bom para identificar além de programas, processos que estão abertos quando você precisa limpar a memória de aplicativos abertos.
Abaixo você confere as imagens do aplicativo no menu e em funcionamento:
Essa eu tive que postar. Antes disso, o Nokia Beta Labs é um setor da Nokia que desenvolve aplicativos e os disponibiliza de forma experimental, sem compromisso com total funcionamento, mas que explorar funcionalidades e características interessantes dos dispositivos Nokia, em grande maioria, o Symbian.
Quase sempre é possível encontrar coisas interessantes por lá. Esta semana a experiência foi curiosa. Nunca tinha visto uma real utilidade na saída HDMI do Nokia N8, além da óbvia capacidade de fazê-lo. Até tentei jogar Andry Birds na TV da sala, mas era algo incômodo, já que o cabo HDMI normalmente é curto, pesado e antiquado. Essa era a sensação, até encontrar o aplicativo Nokia Big Screen.
A proeza é simples. Disponibilizar uma interface amigável para ver seu conteúdo multimídia na TV e, mais que isso, possibilita que você controle o N8 com o controle do Nintendo Wii! Se você não conhece nem um, nem outro, bem, provavelmente vai querer saber mais sobre depois deste post, e deste vídeo:
O post oficial da Nokia pode ser visto neste link:
Continuando a aventura de viver com o Nokia N8, vamos a mais algumas impressões sobre este poderoso SmartPhone.
Ovi Loja
Até o E71, e mesmo no 5230, a Ovi parecia abandonada. Era raro ver alguma novidade, mas com o N8, a coisa mudou completamente. Isso só prova que a Nokia está investindo ferrenhamente na popularização do Symbian^3 e que seus clientes tem que ficar atentos a isso, se quiserem ter a mão uma boa oferta de aplicativos.
A contrapartida é que, mesmo mais completa, não é assim tão completa, pelo menos para os usuários do Brasil. Na tentativa de comprar alguns aplicativos, no aplicativo da Ovi os respectivos nem apareciam. Ao tentar acessá-los pelo site no PC, o aviso era que o aplicativo não estava disponível para este região. Tirando aspectos legais, que creio não ser o contexto, como pode uma venda ser restrita por região no âmbito da internet? Ou uma atitude é tomada, ou uma Ovi alternativa logo, logo será criada, como aconteceu com o iOS.
Symbian^3
Uma mescla do que o Android e o iOS oferecem, os 3 desktops (ou Tela Inicial, se preferir) permitem a adição de WidGets de funcionalidade que tornam o acesso a funções comuns ou preferidas mais fácil. É uma dinâmica muito interessante para os usuários do antigo sistema, que antes contavam só com atalhos de teclado. Depois de um tempo, se acostuma, e bem.
Apesar dos desktops serem bastante configuráveis, o problema é que são apenas 3. Não ouvi notícias até o momento de que isso seria customizável.
Reforçando o que já comentei na última parte, algumas vezes o Symbian se perde, e feio. Uma das vezes a perda foi total, a ponto de desligar o celular. Mas um dos piores casos foi o seguinte. Enquanto utilizada um aplicativo, especificamente o Angry Birds, recebi uma ligação e nesse momento, depois de alguns segundos de lapso, o celular mostrou a tela de ligação sendo recebida, mas não adiantava tocar na tela no botão atender que ele não respondia. Ele só reagiu após uns 15 segundos de insistência. 15 segundos para atender uma ligação pode, em vários momentos, ser uma eternidade. Ponto muito negativo.
Mensagens
Até o E71, o Symbian não agrupava as mensagens, mas, ao abrir o aplicativo no N8, o Symbian^3 traz a opção Conversas, muito parecido com o que o Gmail faz. O recurso faz parecer estar usando um programa de Instant Messenger, como o Windows Live Messenger o Skype.
Bateria
Não sei quanto aos modelos mais novos de entretenimento da Nokia, mas em relação ao 5230 e principalmente ao E71, o N8 perde de longe. Mesmo sem ter sido um usuário intenso dos recursos de multimídia, a bateria não passa mais de 2 dias sem cair abaixo dos “2 riscos”. O E71 chegou a ficar 4 dias com uso comum e até 6 em uso brando. O N8 não tem passado mais de 2 dias longe da tomada. Além disso, ela é selada. Ruim? Para que você precisa ter acesso a bateria?
Conectividade
Se você não tiver um plano 3G generoso, vai passar a primeira semana com raiva. O Symbian^3 está totalmente preparado para funcionar na base da internet da operadora. Para um sistema atual, isso é no mínimo desejável. Os widgets do Desktop em sua maioria são baseados no acesso a internet. Na verdade, só valem a pena com ela. Até acostumar o celular que ele não tem que acessar a rede da operadora o tempo todo, mesmo que você force isso na configuração do celular, dá um pouco de trabalho. Fora isso, é WiFi, Bluetooth e 3G funcionando muito bem.
Armazenamento
16 GB de memória interna, mais o slot de expansão microSD dipensam qualquer comentário a esse respeito, não?
Concluindo
A vida com o aparelho vai ensinar muita coisa a seu respeito. Sem muitas promessas, na próxima parte, tentarei focar na vida com o aplicativo Ovi Desktop e seus mecanismos de sincronização.
Até agora, a nota de 0 a 10 tem ficado nos 8,5. O hardware merece nota 10. Mas o Symbian ainda tem que melhorar questão da amigabilidade de uso.
Após a aquisição deste aparelho, devo confessar minha condição da Nokia fanboy. É o 5º celular Nokia seguido que tenho, fora os acessórios. Essa “verdade” vai ficar clara no decorrer do artigo.
Mas esse post só pra dizer que adquiri o aparelho? Calma. A intenção aqui não é fazer um dossiê técnico completo, até porque, existem sites especializados que fazem isso muito bem, que inclusive serão referenciados. Só assumo que pegarei algumas fotos destes emprestadas para melhor representar o artigo, e também por ser desprovido de um local e competência adequadas para fazer um ensaio fotográfico, mesmo que seja de um objeto inanimado. O que tratarei de fazer aqui é expor as impressões sobre este novo supra-sumo da Nokia frente aos outros aparelhos da mesma fabricante com os quais tenho ou tive contato, e também com outros com os quais tive a oportunidade através , principalmente, de colegas e amigos.
Vale comentar o primeiro contato. Primeiro, a caixa do Nokia N8, pelo menos no Brasil pareceu mais uma daquelas embalagens de pretzel, ou de uma mini pizza. Foi engraçado, já que para smartphones, estavam acostumados com caixas enormes, cheias de acessórios, manuais e outras coisas. No caso do N8, foi o suficiente.
Em questão de comparação, poderei falar com mais propriedade frente aos últimos aparelhos da Nokia que tive, o E71, 5230 e N95, e também frente ao N800, já que o N8 tem características para ser comparado a todos estes e vários aspectos. Como será maçante colocar tudo de uma vez, tentarei dividir o artigo em partes, conforme faço descobertas sobre este.
Quanto a seu formato, é um impacto interessante para os donos de aparelhos da marca. Confesso que na maioria, estamos acostumados ao formato mais grosseiro frente aos concorrentes. Algo que não mudou foi a impressão de robustez, um bom sinal. O N8 tem um toque de elegância extra. Apesar de parecer um hexágono bem esticado, ele é mais harmônico do que o N97.
O HDMI é um adicional, mesmo. É legal ter a possibilidade, mas você vai usar pouco. Jogar, só com muita paciência. Mas parece ser bem adequado para uma apresentação de fotos ou um cinema de última hora. A qualidade é de 720p, ou seja, mais do que boa para um aparelho celular.
O que mais gostei
De cara, o design. Apesar de parecer troncudo, na mão, ele agrada muito. Ele é quase do mesmo tamanho do E71. Algumas fotos obtidas do site The Mobile Fanatics mostram a comparação.
A câmera dispensa comentários. É claro que compará-la com uma profissional seria impróprio, até porque seria preciso conhecimentos sobre as mesmas câmeras profissionais e seus detalhes, mas, que dá uma sensação muito boa carregar uma câmera de 12 MP no bolso, isso dá! A resolução para as fotos é de 4000×3000 pixels e 720p para vídeos. Um comparativo das fotos tiradas com o N8 e outros celulares cocorrentes pode ser visto no seguinte link:
O desktop é uma mão na roda para concentrar informações, oferecendo algo mais parecido com um Dashboard. A configuração é bem fácil e tem opções bem interessantes, como principais contatos, atualizações do Twitter. O vídeo abaixo mostra isso acontecendo:
O touchscreen tem uma sensibilidade ótima. Em alguns engasgos, a culpa parece ter sido mais do Symbian do que do hardware em si. O multi touch funciona muito bem, tanto no browser como nas fotos.
Aplicativos para o Nokia N8
Dos que tive contato agradável, recomendados pela comunidade foram os seguintes, na ordem de importância que entendi ser útil para uso:
Interfere em praticamente em todos os outros. A onda do Swype começou com o Samsung Galaxy (acho), onde uma nova forma de digitar é oferecida. Quando o teclado QWERTY é apresentado na tela, é possível navegar por ele continuamente, como se estivesse rabiscando em cima das teclas. No final, a palavra é montada na tela, caso o Swype a encontre no dicionário, ou oferece uma as palavras que mais se aproximam da combinação montada pelo desenho. O vídeo abaixo deixa a proposta bem clara:
O cidadão enrola um pouco para mostrar, mas dá para ver bem como funciona.
Oferece a possibilidade de tirar fotos no modo panorâmico. Mais interessante do que a própria função, é o N8 não oferecer essa função nativamente, visto que outros smartphones da Nokia já o fazem.
Outros são bastante conhecidos dos Symbian Users:
Skype
Opera Mobile
Gmail
Google Maps
YouTube by Google
O que não gostei
Nem tudo são flores e com o Nokia N8, poderia ser diferente. Das coisas que mais me irritaram nele, algumas são oriundas na natureza “Full Touch” do aparelho. Comparado aos aparelhos “com teclas”, principalmente com muitas, como era o caso do E71, algumas funções farão muito falta, que não consegui ainda identificar em nenhum aparelhos touch, nem no N8:
Atalhos rápidos de teclado. Com simples toques em teclas, abriam-se uma série de aplicativos. No caso dos Nokia, pressionar o 0 (zero) por alguns segundos, abria o browser, que já eliminava um atalho. O # chamava o modo silencioso. A mesma coisa para ligações, que são configuráveis. Elas ainda existem no N8, mas tem um passo a mais, que é chamar a tela de discagem.
O Symbian, mesmo na versão ^3 ainda se perde. Há momentos em que você sente que perde o controle total do smartphone, tendo que esperar que ele responda, sabe-se lá quando. No caso dos touch, não tem mais o “botão vermelho”, que teoricamente descarta tudo e volta para a home. A sensação é de abandono total.
O teclado touch por um bom tempo não substituirá o físico. É muito fácil errar e dar backspace ou acertar o caractere que você erra usando o dedo (lembrando que o N8 não tem a canetinha), é um carnaval acertar o texto que se quer corrigir. Se você não consegue viver sem o teclado, espere pelo E7. Eu não aguentei. 🙂
A entrada USB é proprietária. Mais um cabo para carregar.
A insubstituível busca de contatos somente ao começar a escrever na home (oriunda do BlackBerry) não está presente. Há uma busca por digitação semântica nos contatos, mas a mudança no teclado mais atrapalha do que ajuda.
É pouco tempo de uso para falar tudo, mas, como prometido, dividirei essa “impressão” em algumas partes, tanto para não tornar o texto muito maçante, como para ter a oportunidade de compartilhar mais informações a respeito deste formidável aparelho, que, na opinião deste autor, é o maior marco da Nokia deste o lançamento do N95.
Os tutoriais que utilizei como referência neste artigo foram: