No fim de 2024, postei este vídeo:
É longo (18 min, uma aberração nos dias de hoje). Nele me posiciono superficialmente sobre essa maluquice toda de Inteligência Artificial, IA daqui para frente para facilitar.
Minha opinião não mudou muito, apenas amadureceu. O que foi dito está dito. O que fiz depois do lançamento do ChatGPT e outros é entender o papel dele e de tecnologias análogas, as ditas generativas, para então saber o que fazer. A pergunta que vou tentar responder (e provavelmente falharei) é:
Como profissional de tecnologia, o que faço para me manter atualizado num mundo dominado por IA?
Gosto de me basear em bons exemplos. A definição de “bom exemplo” é assunto para outro artigo, mas vou usar a citação abaixo:
Nixon foi à China, em 1972, e perguntou ao primeiro-ministro Chu Enlai sobre o impacto da Revolução Francesa. A resposta? “É muito cedo para dizer.”
Fonte: dê um google
Isso em 1972 sendo que a Revolução Francesa acabou em 1799. E sim, acredito que essa forçada de barra de introduzir IA em tudo se compara a qualquer momento definidor na história, pelo menos em contexto tecnólogico, como foram o computador pessoal, a internet e então, redes sociais.
Resumindo, estamos tão entusiasmados com o que podemos fazer que não paramos para pensar se devíamos.
Significa que o melhor é esperar para ver o que acontece? Prefiro pensar que o preferível é não tirar conclusões precipitadas. Tudo ainda está tomando forma. Não é preciso pensar muito para atestar isso. Veja o cenário 2 anos atrás, então 1 ano, e agora. Tivemos uma avalanche de produtos AI-based que viraram pó, promessas não cumpridas aos montes, tudo para fazer o público mais interessado, no caso, investidores, manterem seu suado dinheirinho financiando tais iniciativas.
Enquanto somos inundados com tanto blábláblá, entenda o seguinte sobre IA:
- Nos dias de hoje, ela é nada mais que Aprendizado de Máquina (Machine Learning, ML) com uma nova roupa, rebranded para quem é hipster.
- ML está aí desde os tempos em que eu fiz faculdade (e tem um tempão).
- ML tem sido entregue a nós todos os dias, tem muito tempo. Quer exemplos?
- Google Maps/Waze.
- Google Lens.
- Auto-completar de código da maioria das IDEs (Visual Studio, JetBrains).
- Corretores ortográficos.
- Qualquer feed de rede social para fazer micro alcance de anúncios para você.
- Avanços em áreas acadêmicas como micro biologia e genética (não entendo muito, mas tenho parentes diretos que estão na área)
- Todo o avanço geológico, drones, etc.
O “segredo”, que é segredo algum, é ter um mínimo de base sobre o que roda dentro do capô da IA para melhor julgar o impacto que cada notícia que sai a cada segundo nos portais de tecnologia e redes sociais.
O manter-se atualizado não é consumir tudo o que aparece. Antes disso, refine seu filtro do que está acontecendo para saber investir no que fará a diferença para você enquanto profissional.
E antes de você colocar “AI expert” ou “AI first” no seu perfil do LinkedIn, aqui vai minha suave opinião sobre tudo isso:
Pouco vai mudar no curto prazo. IAs generativas servem só pra gerar ruído e manter a corrida maluca das grandes marcas para ver qual delas ficará com a medalha do “eu fiz primeiro”.
Se você estiver usando IA no seu trabalho (ChatGPT, Gemini, Grok, DeepSeek), você está certo se ela estiver te ajudando, e não fazendo o trabalho por você.
Se seu trabalho pode ser feito por uma IA generativa, procure outro tipo emprego, pra ontem!
Pense no cenário ideal como você sendo o Tony Stark e o seu assistente de IA o Jarvis (Friday nos filmes mais atuais, nerds entenderão). Jarvis faz o trabalho sujo e demorado, mas a genialidade é vem do Tony. Ele é a alavanca pra fazer com que um trabalho level minutos ou invés de anos, por exemplo, simulação de resultados.
E, sendo bem sincero, estamos bem longe disso, mas longe nos dias de hoje pode significar anos, meses, ou até semanas.
Veremos.
Carinhosamente,
O autor, movido por inteligência natural, muito café, google, e talvez um só um pouquinho de gemini.